Apesar da alta do dólar e demanda internacional, cenário interno segue pressionado pela colheita recorde e lentidão nas negociações.
Alta Cambial Sustenta Exportações, Mas Não Reverte Tendência
O mercado do milho ensaiou uma leve recuperação nos últimos dias, impulsionado pela valorização do dólar e por uma demanda externa que se mantém firme. No entanto, o movimento ainda é insuficiente para reverter as perdas acumuladas em abril, especialmente no mercado interno.
Colheita Recorde Eleva Oferta e Pressiona Preços
A atual safra de milho no Brasil vem batendo recordes, especialmente nos estados do Centro-Oeste. Essa superoferta, somada a estoques elevados das safras anteriores, exerce forte pressão sobre os preços pagos ao produtor. Muitos compradores permanecem fora do mercado, apostando na manutenção da tendência de baixa.
Os embarques para países da Ásia e do Oriente Médio têm aumentado, graças à competitividade do milho brasileiro com o câmbio favorável. No entanto, problemas logísticos em portos e armazenagem têm limitado o avanço mais robusto das exportações, especialmente nos momentos de pico de escoamento da soja.
Produtores Cautelosos nas Vendas
Diante do cenário de preços em queda, muitos produtores têm optado por segurar o produto, esperando por melhores oportunidades nos meses seguintes. A estratégia, no entanto, exige atenção ao fluxo de caixa e à capacidade de armazenagem nas propriedades.
Mercado de Milho Enfrenta Pressão Estrutural Apesar de Sinais Pontuais de Alívio
A recuperação parcial nos preços não elimina o cenário desafiador. O milho segue pressionado por uma oferta robusta e pela lentidão nas compras internas. A cautela do produtor e o acompanhamento dos movimentos cambiais serão determinantes nas próximas semanas.
Fontes: Conab, Cepea, Esalq, CNA, Portal do Agronegócio, Globo Rural
