Cenario Rural

Pressão da Safrinha e Demanda Interna Contida Refletem no Mercado

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Com avanço da safra e baixo apetite comprador, preços do cereal recuam nas principais praças brasileiras. Exportações podem aliviar excedente, mas cenário interno é de cautela para o produtor.

Oferta em Expansão Pressiona Preços Domésticos

O mercado físico do milho no Brasil segue em trajetória de baixa em abril de 2025. A entrada gradual da segunda safra (safrinha) no Centro-Oeste e o cenário de demanda interna enfraquecida pressionam as cotações nas principais regiões produtoras.

De acordo com o Cepea, o preço médio da saca de 60 kg caiu 4,2% em relação a março, sendo negociado na casa dos R$ 60,00 em Mato Grosso e R$ 65,00 no interior de Goiás. Em praças do Sul, como Paraná e Rio Grande do Sul, os preços também recuaram, embora em ritmo mais moderado.

Demanda Doméstica Em Marcha Lenta

O setor de ração animal, principal consumidor de milho no mercado interno, vem operando com compras comedidas, aproveitando estoques de passagem e postergando novas aquisições na expectativa de preços ainda mais baixos com o avanço da colheita.

Na indústria de etanol de milho, embora a demanda tenha crescido no Mato Grosso, o volume não é suficiente para absorver a totalidade da oferta prevista.

Exportações Podem Ser a Válvula de Escape

Com o dólar ainda acima de R$ 5,80 e a boa competitividade do milho brasileiro no mercado internacional, as exportações são apontadas como fator-chave para evitar quedas mais acentuadas nas cotações.

A Conab projeta que o Brasil exporte cerca de 48 milhões de toneladas em 2025, com China, México, Japão e União Europeia figurando entre os principais destinos.

Milho Entra em Nova Fase de Acomodação de Preços

O mercado do milho caminha para um período de acomodação de preços, típico do avanço da safra. A capacidade de recuperação das cotações dependerá do ritmo de exportações e de possíveis quebras localizadas de produtividade. Para o produtor, o cenário exige estratégia: avaliar custo de carregamento de estoque e oportunidades de fixação futura torna-se essencial para proteger margens.

Fontes: Cepea, Conab, AgRural, Canal Rural, Notícias Agrícolas

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