Cenario Rural

Produtores investem em sustentabilidade energética para reduzir custos, gerar autonomia e diversificar a renda nas propriedades

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A transição energética chegou com força ao agronegócio brasileiro. Em 2025, o uso de fontes renováveis como energia solar, eólica e biogás se tornou uma realidade crescente em propriedades rurais de todos os portes. Mais do que uma tendência, o investimento em energia limpa passou a ser uma estratégia de sobrevivência econômica e um ativo de sustentabilidade.

Energia solar: líder em adesão nas fazendas brasileiras

A energia solar fotovoltaica continua liderando a transformação no campo. Graças à queda no custo dos equipamentos, à disponibilidade de crédito rural verde e à simplificação regulatória, milhares de propriedades adotaram sistemas próprios de geração.

Tratores elétricos abastecidos por painéis solares, sistemas de irrigação automatizados e estufas climatizadas com energia limpa estão mudando a lógica de operação em culturas como frutas, hortaliças e grãos. Pequenas propriedades também têm se beneficiado da microgeração e do sistema de compensação energética por meio da rede.

Biogás e biodigestores: dejetos viram energia

Outra frente importante é o uso de resíduos agropecuários para produção de biogás. Suinocultores, avicultores e pecuaristas passaram a investir em biodigestores que transformam esterco em energia elétrica, térmica ou gás combustível, reduzindo custos com eletricidade e mitigando emissões de metano.

Algumas cooperativas já operam unidades coletivas, vendendo excedentes para a rede e promovendo a diversificação de receitas entre os associados.

Energia eólica e híbrida: crescimento regional

Embora menos difundida, a energia eólica tem crescido especialmente em áreas do Nordeste e do Sul, onde o potencial de vento é elevado. Sistemas híbridos, que combinam solar e eólica, ganham espaço em regiões com clima instável ou fora do alcance das distribuidoras.

Apesar dos avanços, ainda há obstáculos como o custo inicial de instalação, a burocracia para acesso a financiamento e a necessidade de capacitação técnica. Por isso, iniciativas como o RenovAgro (programa de crédito verde do BNDES) e linhas de fomento estaduais têm sido fundamentais para viabilizar os projetos.

Energia limpa como novo insumo do agro

Em um cenário de alta nos custos energéticos e pressão por sustentabilidade, as energias renováveis passam a ser vistas como um insumo estratégico. O produtor que investe em geração própria reduz despesas, ganha autonomia e contribui para uma agricultura mais limpa, resiliente e competitiva.

Fontes: Absolar, Embrapa Energia, MAPA, RenovAgro, Canal Rural

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