A safra 2025 está sendo moldada por um clima cada vez mais imprevisível, reflexo direto das mudanças climáticas globais. Oscilações extremas entre estiagens prolongadas e chuvas intensas vêm afetando a produtividade de culturas-chave como soja, milho, trigo e café em diversas regiões do Brasil.
No Centro-Oeste, a irregularidade das chuvas na fase de desenvolvimento vegetativo tem prejudicado o potencial produtivo do milho segunda safra. No Sul, geadas fora de época e excesso de umidade ameaçam lavouras de trigo e hortaliças. No Nordeste, a escassez hídrica impõe desafios à produção de frutas e à pecuária extensiva.
Tecnologias e práticas de resiliência
Diante desse cenário, cresce a adoção de estratégias de adaptação como o plantio direto, o uso de cultivares adaptadas ao estresse hídrico, irrigação de precisão, consórcio de culturas e manejo conservacionista do solo.
Técnicas como agricultura de precisão, sensores de umidade e estações meteorológicas automatizadas ajudam na tomada de decisão em tempo real e reduzem os riscos de perdas.
Seguro rural e gestão de risco
O seguro rural também tem ganhado protagonismo como instrumento de mitigação de riscos climáticos. Em 2025, o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) teve o maior orçamento da história, com foco em pequenas e médias propriedades.
A resiliência climática se tornou uma necessidade estratégica. Investir em tecnologias adaptativas e gestão eficiente dos recursos naturais é o caminho para garantir estabilidade produtiva e econômica frente aos novos desafios impostos pelo clima.
Fontes: Embrapa, Conab, Inmet, MAPA, Aprosoja