Cenario Rural

Bioeconomia e Mercado de Carbono: Novas Fronteiras para o Agronegócio

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O agronegócio brasileiro está cada vez mais conectado à agenda verde global, impulsionado pela emergência da bioeconomia e pela consolidação do mercado de carbono. Produtores que adotam práticas sustentáveis não só contribuem para a redução das emissões de gases de efeito estufa, como também acessam novas fontes de receita e vantagens competitivas no mercado internacional.

Créditos de carbono no agro: da teoria à renda extra

Os créditos de carbono são certificados que representam a redução ou remoção de uma tonelada de CO2 da atmosfera. No Brasil, produtores que adotam sistemas como Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), plantio direto, manejo regenerativo e reflorestamento já podem emitir e comercializar esses créditos em plataformas nacionais e internacionais.

De acordo com dados da Climate Bonds Initiative, o mercado de créditos voluntários deve movimentar mais de US$ 100 bilhões globalmente até 2030, com o Brasil ocupando posição de destaque na oferta de ativos verdes.

Políticas de incentivo e certificação

O Plano ABC+ (Agricultura de Baixa Emissão de Carbono) e o RenovAgro são pilares da política pública brasileira voltados à agricultura de baixo carbono. Em 2025, os programas ampliaram o acesso a financiamento, incluindo linhas de crédito com juros reduzidos para produtores certificados.

Certificadoras como Imaflora, FSC, Verra e Planeta Orgânico também ganham relevância ao garantir a rastreabilidade e a integridade dos projetos de carbono.

Bioeconomia: diversificação produtiva com valor agregado

A bioeconomia também se consolida como motor de inovação no campo, com o uso de biomassa, biofertilizantes, bioenergia e biotecnologia para gerar produtos de alto valor agregado. Cadeias produtivas como cacau, açaí, babacu, seringueira e castanha ganham espaço como fontes sustentáveis de renda e conservação.

A integração entre sustentabilidade, rentabilidade e diplomacia verde abre novas fronteiras para o agronegócio nacional. Em 2025, a bioeconomia e o mercado de carbono deixam de ser tendências e passam a representar estratégias centrais de posicionamento e crescimento.

Fontes: MAPA, Embrapa, Verra, Climate Bonds Initiative, Imaflora

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