Nova abertura impulsiona internacionalização da pesca brasileira e reforça status sanitário do país
O governo brasileiro anunciou, em 6 de maio de 2025, a abertura oficial do mercado da Austrália para exportações de pescados de origem extrativa. A decisão, divulgada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) e pelo Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), autoriza a exportação de espécies como atum, pescada, lagosta e corvina para o mercado australiano.
A medida foi possível após o reconhecimento das autoridades sanitárias australianas sobre a qualidade do controle sanitário brasileiro, sobretudo o rigor do Serviço de Inspeção Federal (SIF) e os protocolos de rastreabilidade adotados na pesca industrial.
Acordo reforça esforço de abertura comercial do agro brasileiro
Com essa autorização, o Brasil atinge a marca de 57 novos mercados abertos somente em 2025, totalizando 357 desde o início de 2023. O governo federal vem priorizando a diversificação geográfica das exportações agropecuárias e a inclusão de novos produtos da pesca e aquicultura no comércio internacional.
A Austrália é um dos mercados mais exigentes do mundo em termos de sanidade e rastreabilidade de produtos de origem animal. Com consumo per capita elevado e alta valorização por produtos premium, o país representa uma oportunidade estratégica para o pescado brasileiro com valor agregado.
Produção nacional e impacto na cadeia da pesca
A medida é considerada um marco para o setor pesqueiro, que busca ampliar sua presença global. Segundo o MPA, a pesca extrativa brasileira somou mais de 470 mil toneladas em 2024, com destaque para as regiões Norte e Nordeste. A nova abertura pode incentivar investimentos na cadeia do pescado, desde o manejo sustentável até o beneficiamento industrial.
Além disso, a expectativa é de que o acesso à Austrália abra portas para triangulações comerciais com países do Sudeste Asiático e Oceania, facilitando a entrada em mercados como Nova Zelândia, Indonésia e Malásia.
Nova era para o pescado brasileiro
A abertura do mercado australiano reforça a credibilidade sanitária do Brasil e marca um avanço estratégico para a internacionalização da pesca. A meta do governo é ampliar o portfólio de produtos exportáveis e fortalecer o papel do Brasil como fornecedor global de proteína aquática, com sustentabilidade e valor agregado.
Fontes: MAPA, MPA, Peixe BR, Ministério das Relações Exteriores