Cenario Rural

Como a Tecnologia Está Facilitando o Crédito Rural e a Gestão das Propriedades

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AgTechs, plataformas digitais e sensores inteligentes redefinem o acesso a financiamento e a gestão no campo brasileiro

A revolução digital avança no agronegócio brasileiro, e em 2025 as AgTechs (startups focadas em soluções tecnológicas para o campo) se consolidam como protagonistas na transformação da gestão rural e do acesso ao crédito. De ponta a ponta, desde o monitoramento da lavoura até a contratação de financiamento, a tecnologia vem facilitando processos, reduzindo burocracias e aumentando a competitividade do produtor.

Segundo o Radar AgTech Brasil, mais de 400 startups atuam hoje no setor agrícola nacional, desenvolvendo soluções que vão de softwares de gestão integrada até ferramentas de análise de crédito baseadas em dados de satélite e machine learning.

Gestão digital integrada: mais controle, menos papel

Plataformas como Aegro, JetBov, FieldView, Agrosmart e Agriness oferecem soluções completas para controle financeiro, produtivo, ambiental e de estoque. Esses sistemas permitem que o produtor monitore em tempo real o desempenho da fazenda, acesse históricos de produtividade, trace metas e identifique gargalos operacionais.

Com dados bem organizados e integrados, a gestão se torna mais estratégica e transparente, o que também facilita a prestação de contas para cooperativas, credores e certificadoras ambientais.

Crédito rural mais rápido e menos burocrático

Um dos gargalos históricos do agro — o acesso a crédito — está sendo superado com ajuda das tecnologias digitais. Plataformas como Traive, TerraMagna, Agrorisk e BNDES Agro Digital usam inteligência artificial e análise remota para avaliar riscos, cruzando dados de clima, produtividade e histórico de pagamento.

Esses modelos de crédito alternativo permitem que produtores tenham acesso a financiamento em prazos mais curtos e com menor exigência documental, além de condições ajustadas ao perfil de risco de cada fazenda. O open banking rural, em integração com o Banco Central, também começou a ser testado em 2025, ampliando o uso de dados financeiros de forma segura.

Sensores e automação otimizam decisões no campo

A combinação de sensores remotos, drones e plataformas de IoT (Internet das Coisas) permite um novo nível de inteligência operacional. Produtores conseguem monitorar o solo, a lavoura e as condições climáticas em tempo real, ajustando decisões de irrigação, adubação e controle de pragas com base em dados concretos.

Essas decisões orientadas por dados reduzem perdas, aumentam a eficiência e melhoram a rentabilidade da propriedade, mesmo em pequenos módulos de produção.

Inclusão digital e desafios de conectividade

Apesar dos avanços, o acesso à conectividade ainda é um desafio em regiões remotas. Programas como o Agro 5G e a ampliação do Wi-Fi Brasil pelo governo federal têm buscado reduzir esse gargalo, levando internet de alta velocidade a áreas produtivas isoladas.

Ao mesmo tempo, iniciativas de capacitação digital promovidas por entidades como o Sebrae, Senar e cooperativas agrícolas têm acelerado a adoção de ferramentas digitais mesmo entre pequenos e médios produtores.

O agro mais conectado e eficiente chegou para ficar

A digitalização das fazendas brasileiras já é realidade. A combinação de AgTechs inovadoras, ferramentas de gestão digital e crédito baseado em dados abre um novo ciclo de eficiência, inclusão financeira e competitividade no campo. O produtor que se adaptar a essa nova lógica terá mais controle sobre sua produção e mais acesso a recursos para expandir sua operação de forma sustentável.

Fontes: Radar AgTech Brasil, MAPA, BNDES, Sebrae, Embrapa, Agrosmart, TerraMagna

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