Cenario Rural

Negócios do Feijão Seguem Lentos Apesar de Colheita Avançada

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Com mais de 80% da 1ª safra colhida, produtores postergam vendas aguardando reação dos preços. Consumo doméstico tímido e importações em alta colocam pressão adicional no mercado.

Colheita Acelerada, Comercialização Travada

A colheita da primeira safra de feijão no Brasil já ultrapassou 80% da área plantada, de acordo com levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O clima seco em abril favoreceu a operação de campo em estados como Paraná, Minas Gerais e Goiás, principais produtores.

Apesar do bom ritmo de colheita, os negócios no mercado físico seguem lentos. O produtor, diante dos preços considerados pouco atrativos, prefere reter parte da produção na expectativa de que a redução da oferta no entre-safra possa valorizar o grão.

Preços em Patamar Baixo e Competição com Importados

Segundo dados do Cepea, o feijão-carioca tipo 1, referência no mercado interno, é cotado entre R$ 250,00 e R$ 270,00 a saca de 60 kg em São Paulo — valores inferiores ao mesmo período de 2024.

A entrada de feijão importado da Argentina e da China, a preços mais competitivos, contribui para limitar a recuperação do mercado interno, agravando a resistência de compradores no atacado.

Consumo Doméstico Fraco Agrava Lentidão

A demanda interna por feijão, tradicionalmente robusta, mostra sinais de enfraquecimento. Fatores como perda do poder de compra da população e substituição por outras fontes de proteína (como ovo e frango) impactam negativamente o consumo.

No atacado de grandes centros como São Paulo e Rio de Janeiro, a saída dos lotes tem sido moderada, pressionando ainda mais os preços pagos ao produtor.

Mercado de Feijão Enfrenta Encruzilhada de Preço e Oferta

O avanço da colheita sem contrapartida de demanda efetiva coloca o mercado de feijão em uma situação delicada. A expectativa agora recai sobre a entrada da segunda safra (feijão de inverno) e eventuais quebras localizadas que possam reequilibrar oferta e demanda.

Para o produtor, o momento é de cautela: avaliar custos de estocagem, oportunidades de venda futura e estratégias de diversificação são ações fundamentais para preservar rentabilidade em um mercado cada vez mais desafiador.

Fontes: Conab, Cepea, IBGE, Canal Rural, Notícias Agrícolas

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